De uma forma geral, os SI consistem em instrumentos de apoio direto às empresas, sob a forma de cofinanciamento das despesas de investimento em capacidade produtiva e/ou em “fatores dinâmicos de competitividade” (Propriedade industrial; Criação, Moda e Design; Organização, Gestão, TIC e Economia Digital; Qualidade; Ambiente; Consultoria para a Inovação; Certificação; Diversificação e Eficiência Energética; Comercialização e marketing; Internacionalização; Responsabilidade social e segurança e saúde no trabalho, Igualdade de Oportunidades).

​

Os apoios concedidos no âmbito do SI assumem a forma de incentivos reembolsáveis ou não-reembolsáveis (sendo estes geralmente aplicados a projetos de I&D, despesas em formação de recursos humanos no âmbito dos projetos de investimento produtivo, ou a incentivos de montantes de menor dimensão). No caso dos incentivos reembolsáveis, os prazos de financiamento variam entre cinco e dez anos, envolvendo períodos de carência de capital de dois ou três anos (variando em função do sistema de incentivos e da natureza dos projetos). Os montantes de incentivos são definidos como proporção do total de despesas elegíveis do projeto, podendo variar entre 15% e 75% em função do tipo de investimento, da classe de dimensão da empresa e de outros fatores de majoração. Assim, os SI proporcionam às empresas beneficiárias o acesso a financiamento em condições particularmente favoráveis, por comparação com aquelas que tipicamente enfrentam nos mercados de crédito (especialmente as PME, ainda mais em contextos de crise financeira, como aquele em que o QREN teve lugar). 

Embora os projetos de empresas individuais sejam largamente predominantes entre os investimentos apoiados (tanto em número de projetos como em montantes de incentivo), algumas das tipologias/modalidades de projeto previstas nos SI destinam-se a iniciativas conjuntas e consórcios liderados por empresas, ou mesmo a projetos promovidos e/ou liderados por associações empresariais ou entidades do sistema científico e tecnológico (SCT). Nestes últimos casos, os projetos apoiados envolvem um conjunto alargado de entidades empresariais e não empresariais.

​

Os SI do QREN destinaram-se a apoiar projetos nas regiões do Continente, correspondendo a mais de 90% do fundo aprovado às regiões do Objetivo Convergência (Norte, Centro e Alentejo). O financiamento e gestão dos SI do QREN ficou a cargo do PO Fatores de Competitividade (POFC) e dos cinco PO Regionais do Continente, articulados através da Rede de Incentivos QREN. Para além dos PO, estiveram envolvidos na gestão dos SI do QREN um conjunto de agências públicas – IAPMEI, ITP, AICEP e ADI – em que as Autoridades de gestão dos PO delegaram um conjunto de competências (relacionadas, nomeadamente, com a análise dos projetos, a contratação dos apoios e o acompanhamento da execução).

​

Para mais informação ver: http://www.pofc.qren.pt/areas-do-compete/incentivos-as-empresas